quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Morte bonita ou feliz …


Convidei uma amiga para fazer um post para o meu blog, ela atendeu ao meu pedido e fez um texto com uma matéria bastante interessante.



Sei que falar neste assunto pode ser triste e poderia falar sobre outra coisa qualquer, mas quero partilhar uma reportagem que vi na tv à poucos dias sobre a Eutanásia e que acho que nos toca um pouco a todos!
Eutanásia quer dizer causar uma morte sem dor e a fim de acabar com o sofrimento de vitimas de doenças incuráveis ou desgastantes.
Quando um doente está realmente a morrer, os médicos podem e devem usar o bom senso para avaliar a situação. Quando um doente está impossibilitado de falar por si mesmo, a família tem a responsabilidade de tomar as decisões no lugar dele. A questão mais importante não é avaliar o que é melhor para nós, precisamos decidir o que é melhor para a pessoa que está doente.
Na reportagem um dos doentes bebeu um líquido que pela expressão dele sabia muito mal, o tal líquido era para ele morrer, logo de seguida pediu sumo de maçã e também pediu música na qual lhe fizeram a vontade. Ele estava acompanhado pela mulher e por um Médico, naquele momento ele despediu-se da mulher dizendo bonitas palavras um ao outro.
Pouco tempo depois morreu.

Na minha opinião quando um doente está realmente doente, sem esperanças e forças para lutar pela vida acho que é a melhor escolha, não sofre mas também não faz sofrer.

Mas estas pessoas têm listas de espera...incrível esperar pela morte e depois não pagam tão pouco quanto isso.
Hoje em dia também não conseguimos nada se não tivermos dinheiro.


Tânia Martinho

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Verdade, verdadinha

É verdade que não sou fácil de suportar
É verdade que gosto de ter razão
É verdade que sou mimada
É verdade que irrito-me com facilidade
É verdade que sou persistente em muitas coisas
É verdade que às vezes sou incoviniente
É verdade que às vezes acabo por magoar e nem sequer me importo
É verdade que gosto de gozar
É verdade que sou hulmide o suficiente
É verdade que gosto de sorrir
É verdade que também gosto de chorar (às vezes sabe bem)
É verdade que não gosto que me mintam
É verdade que às vezes tolero quem não quero
É verdade que nem sempre tenho o quer
É verdade que poderei ter imensos defeitos
É verdade que também poderei ter imensas qualidades
É verdade que gosto de ser como sou e orgulho-me disso!

São apenas verdades que escrevi aqui em cima, e também é verdade que não gosto quando apagam a minha palavra, a minha opnião. Nem sempre é a melhor para os outros, mas É a minha opinião e nada disso vai mudar!
Há coisas que não volterei a dizer e muito menos perder tempo a actualizar-me.
Eu não perco tempo (:

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Saudades e Memórias I


Ainda me lembro como era aqueles dias, onde tudo corria bem. Sempre que passeava junto ao rio, ouvindo a água a correr, recordo-me de me sentar junto aquela árvore que dizíamos ter mais de mil anos. A sua sombra chegava até ao rio, víamos os peixes virem até à beira, brincávamos a dizer que estavam com tanto calor dentro de água que vinham aproveitar a sombra. Crianças inocentes que éramos. Tu lembras-te do jogo que fazíamos com as pedras mais pequenas, atirávamos ao rio e quem fizesse saltar mais e fazer com que fosse mais longe ganhava? Claro que te deves lembrar, ganhavas-me sempre. Acho que fazias batota, barafustava muito, de nada me servia. O castigo era sempre o mesmo, agarravas-me e atirava-me para a água. Como isso me irritava, mas tu também acabavas por ceder e entravas dentro de água. Ficávamos horas ali, a atirar água um a outro. Já com os dedos todos enrugados e os lábios roxos, vínhamos nos deitar ao sol. Era de todo impossível irmos para casa assim, encharcados. As nossas avós que apesar de tudo eram muito meigas connosco, refilavam sempre que isto acontecia.
Tão bom que era sentar no cadeirão baloiço que estava na varanda à espera do lanche, o típico pão caseiro com doce e o leite com chocolate. Tu que já tinhas a mania que eras crescido, bebias café. Dizias que era isso que te dava força e só por isso me ganhavas nos jogos. Nunca acreditei em tal coisa, por isso nunca mudei o meu lanche até hoje! Apenas mudei o sítio, agora fico de pé, encostada a uma janela minúscula a olhar para o prédio da frente. O que é feito daqueles pequenos momentos que passávamos, não falo das brincadeiras, isso é algum que ficará na nossa memória. Teve o tempo certo. Prometemos que iríamos passar sempre um dia a cada ano que passa-se, fizemos isso até à faculdade. As nossas vidas levaram uma reviravolta, depois das nossas avós terem partido, lá ir não fazia o mesmo sentido. Acabei por deixar de lá ir, até hoje!

Primeiro dia de férias, nada programado.

Fiz uma mala de roupa, e partir a descoberta. Saí sem rumo e era mesmo disso que eu precisava, e não era de agora. Já à muito que prometia ter férias sem programar nada! Quando dei por mim estava na estrada que dava acesso à nossa bela Vila. Por momentos passou-me todas as memórias que lá vivi, e como foi-me possível deixar de lá voltar. Parei em frente a casa da minha avó, o baloiço continuava no mesmo sítio, agora meio degradado. Ainda pensei em sentar-me, mas já não tenho mais o peso e o tamanho de quando passava ali a baloiçar. Antes de abrir a porta, inspirei fundo, o mesmo cheiro ainda pairava no ar. Estava tudo no mesmo sítio.

Corri para o 1º andar e abri a janela da sala de estar, ia-me intoxicando com o pó e ficando com a janela na mão. Mas agora se via que o meu avô tinha razão, esta casa durará muitos anos mesmo que se deixe ficar fechada. A vista estava cada vez mais bonita, o verde que se alargava no horizonte, o rio continuava limpo, nada tinha mudado. Eu é que tinha mudado, tinha deixado de saber apreciar o que me rodeava.

Pus mãos à obra e comecei a limpar, deu uma trabalheira mas mereceu a pena. Pedi a um carpinteiro que restaura-se o baloiço, ficou impecável!

Fui passear junto ao rio, reavivando memórias que me parecia tão distantes durante anos, e naquele momento juntou-se tudo. Conseguia ouvir-nos a brincar, achava eu. Afinal era uns miúdos mais à frente. Larguei uma gargalhada, e fiquei a admira-los. Parecíamos que éramos nós que ali estávamos naquele momento. Já era noite quando fui dar uma volta pela Vila, encontrei pessoas que já nem reconhecia. Fiquei tão feliz! A D. Alice perguntou-se te via com frequência, disse-lhe que não. Achou estranho, disse como era possível, andávamos sempre juntos e depois perdemos o contacto. Às vezes as vidas mudam, e não é porque quiséssemos.

Foi uma semana óptima.

Antes de me vir embora, fui até ao rio aproveitar um pouco tempo que me restava. Subi a ponte e fiquei ali debruçada a olhar a água límpida, os peixes à superfície desta vez não estavam à procura da sombra mas a comer as migalhas de pão que eu lhe estava a dar.

Senti alguém a aproximar-se, ignorei como faço sempre que prefiro aproveitar o momento. E não é que eras tu, francamente mais velho e essa barba não te favorece nada. Como sempre, insistes e dizes que te dá charme. Quem era eu para o negar, não fosse a ti lembras-te dos castigos que me davas e poderíamos acabar dentro do rio. Conversamos durante horas, parecia que o tempo não voara com tínhamos nos apercebido quando olhámos para o relógio.

Fizemos a promessa de voltar a encontrar uma vez por ano naquela ponte e tomar o lanche sentados no cadeirão de baloiço.

Despedimos-nos com um forte abraço e com a mesma frase, "tenho saudades de sermos amigos"...



Também eu tenho saudades de mim naquele tempo...


Continua... qualquer dia...
Photo: Jorge

domingo, 3 de outubro de 2010

Pedido

Porque devemos fazer as vontades a quem nós gostamos, e porque por vezes se sentem ciumentas por acharem que passamos a amizades delas para segundo plano ou a trocamos por outras!
Eis um post para ti!

Sim, para ti. Sinceramente às vezes não sei onde tens a cabeça, é disparates atrás de disparates. Mas ainda assim eu prezo a tua amizade, e neste momento acho que aprendeste a valorizar o sentido desta palavra.
Gosto de conversar contigo, às vezes é sobre tudo e ou outras sobre coisa nenhuma.
Neste momento estamos no msn a conversar, sobre a tua crise de ciúmes em relação aos textos que eu publico e para quem publico. Adoras fazer insinuações, mas estão sem fundamento neste momento. O que quer que vá nessa cabeça, está "destrocido"! E sabes bem que sim. Não irei alimentar mais falsos pensamentos nessa cabeça.
Como vês, não é no Natal, Ano Novo, Páscoa e muito menos nos teus anos que tens aqui um post só para ti. Ao contrário de ti, que te convidei para teres uma participação no meu blog, que ainda hoje estou a espera. Ainda hoje me estavas a prometer que irias escrever algo para colocar aqui.
O que vale é que já estou sentada, para não me cansar! ;)
Mas voltando a ti, houve alturas que já me apeteceu dar-te um par de estalos, outras que...estas quando me apetece digo-te.
Acho que estavas a espera de um poema, mas aí perdia a graça toda. Irias-te comparar a outros, e tu não és igual aos outros. Vá não te sintas convencida, o que eu quero dizer é que somos todos diferentes . LOL
Resumindo tudo isto, por outras palavra, eu gosto muito de ti miúda, apesar de seres uma tótó, mas isso somos todos.

E para não te sentires diferente para ti!

Às vezes perco o chão
Mas tenho sempre ao meu alguém que me agarra
Já falhei com alguém que gostava muito
e aprendi...
Aprendi a vergar, a olhar em frente
Soube admitir, pedi..
Pedir que fosse diferente
e foi...
Segundas oportunidades devemos ter
e saber aproveita-las ainda melhor
Se um dia perder à primeira
levantarei-me e tento novamente...

Beijo ;)